Fundação José Luiz Setúbal projeta novo modelo de saúde

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Fundação José Luiz Setúbal projeta novo modelo de saúde

A Fundação José Luiz Setúbal (FJLS) completa 15 anos com uma convicção clara: a saúde da infância no Brasil não será plena enquanto não unirmos excelência médica a uma leitura profunda dos contextos sociais, emocionais e culturais em que estão inseridas nossas crianças e adolescentes.

Desde sua criação, em 2010, a FJLS constituiu três pilares para sua atuação — pensar, cuidar e defender — para transformar o cenário da saúde infantil no País. Agora, projeta o futuro.

“O que aprendemos em 15 anos? Que não basta tratar. É preciso formar, pesquisar, influenciar políticas públicas e, acima de tudo, transformar. Montamos as bases de um projeto ambicioso: redesenhar o futuro da saúde infantil no Brasil”, afirma o pediatra José Luiz Setúbal, fundador e presidente da entidade.

Mais do que celebrar uma data, a Fundação apresenta um novo momento institucional.

“Estamos em um ponto de inflexão. Prontos para um salto estratégico, com novas estruturas e uma atuação mais integrada para escalar o impacto na saúde infantil brasileira”, completa.

Segundo Setúbal, nos próximos 15 anos a Fundação deve direcionar cerca de R$ 1 bilhão em ações filantrópicas.

Nova fase: expansão, integração e R$ 1,1 bilhão em investimentos até 2028

A proposta de credenciamento de uma instituição de ensino superior, ainda em análise pelo MEC, com uma abordagem integrada da saúde – unindo Ciências Biológicas e Sociais – e a construção de um novo hospital, que atua em inovação pediátrica, fazem parte desse salto.

A nova unidade do Sabará Hospital Infantil, com previsão de entrega no início de 2027, terá 300 leitos, 150 deles UTIs, e 12 salas cirúrgicas, além de um complexo ambulatorial com 60 consultórios e capacidade de atender todos os tipos de pacientes, do mais simples ao mais complexos dentro da faixa etária do útero aos 18 anos, tornando-se o maior complexo de saúde infantil do Brasil.

O projeto — que inclui ainda a nova sede da Fundação, do Pensi e Infinis, com 12 mil metros quadrados, entregue em 2028/2029 — soma outro R$ 1,1 bilhão em investimentos.

Os recursos virão de um fundo patrimonial (endowment) criado em 2017 a partir da própria geração de caixa do hospital (que hoje é de R$ 370 milhões), e da gestora imobiliária Tellus, parceira na expansão.

A proposta vai muito além da ampliação física: contempla também ensino, pesquisa, atendimento gratuito e articulação com políticas públicas.

“Nossa expansão não é só um aumento do número de leitos. É um projeto maior, que responde à crescente demanda e reforça nosso compromisso com a saúde infantil de forma integral”, afirma Setúbal. Hoje, o Instituto Pensi realiza quase 10 mil consultas gratuitas por ano, atendendo pacientes do SUS, sem qualquer contrapartida fiscal.

Novos programas de formação para profissionais da saúde, gestores públicos e lideranças do terceiro setor também fazem parte da agenda dos próximos anos. A expectativa é dobrar a capacidade de atendimento e acelerar o impacto do maior sistema de saúde infantil do País.

Um modelo sustentado em quatro pilares

Pesquisa e ensino de ponta, com o Instituto Pensi e o Pensi Social, que desenvolvem estudos e formam profissionais preparados para os desafios contemporâneos;

Advocacy com base científica, por meio do Infinis – Instituto Futuro é Infância Saudável, que atua com dados, articulação política e mobilização social para influenciar políticas públicas;

Filantropia estratégica, com foco em impacto sistêmico e inovação no setor social.

“Não estamos apenas construindo um legado institucional. Estamos propondo um novo modelo para pensar e cuidar da infância no Brasil”, conclui Setúbal.