Como a tecnologia pode transformar hospitais filantrópicos

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Como a tecnologia pode transformar hospitais filantrópicos

No universo hospitalar, onde cada segundo pode ser decisivo, a confiabilidade da infraestrutura tecnológica é mais do que um diferencial, é um requisito vital.

Para Fabio Pareja, diretor comercial da Go Ahead, a maturidade digital dos hospitais brasileiros está diretamente ligada à capacidade de garantir operações estáveis, seguras e escaláveis, mesmo em cenários de orçamento restrito.

À frente de mais de 600 projetos implementados em todos segmentos hospitalares, sejam hospitais públicos, privados, filantrópicos ou cooperados, Pareja conhece de perto as especificidades desse ambiente: da alta disponibilidade exigida em UTIs e centros cirúrgicos à conectividade necessária para sistemas de prescrição à beira leito e monitoramento de sinais vitais.

“Estamos habituados a lidar com interferências, gargalos de rede e vulnerabilidades de equipamentos médicos com sistemas desatualizados. Nesses contextos, agilidade e precisão são determinantes para manter áreas vitais em operação”, afirma.

Segundo Pareja, um dos pontos que mais impacta o resultado das instituições é a abordagem integral de infraestrutura, desde o planejamento de uma nova unidade hospitalar até ajustes pontuais para adequações regulatórias, como a LGPD ou acreditações hospitalares.

Essa visão permite que a tecnologia não seja apenas suporte, mas parte estratégica do negócio.

Nos últimos anos, soluções de continuidade de negócios e prevenção de incidentes cibernéticos têm ganhado espaço.

Em muitos projetos, a revisão de processos e métricas de desempenho é o ponto de partida para implantar tecnologias que aumentem a segurança sem comprometer a eficiência operacional.

“Não se trata apenas de prevenir ataques, mas de garantir que o hospital continue funcionando diante de qualquer adversidade”, explica.

Telessaúde, IA e interoperabilidade: a base invisível do futuro

Com a expansão da saúde digital, o desafio não é apenas implementar novas ferramentas, mas garantir que elas operem com estabilidade e segurança.

Para Pareja, a infraestrutura ideal é aquela que “não aparece”: sistemas que não falham, conexões que se mantêm estáveis e dados que circulam com proteção integral.

A Go Ahead desenvolveu, por exemplo, o FirstSoc, uma ferramenta que monitora em tempo real o comportamento do ambiente tecnológico, identificando padrões suspeitos e prevenindo invasões.

Trata-se de um recurso especialmente relevante diante do aumento de ataques cibernéticos ao setor.

“Atuamos juntamente com as equipes de segurança e governança das instituições praticamente em todas as camadas, desde a geração até o armazenamento dos dados, analisando todos os dispositivos que possam interagir com estas informações, sejam estes dispositivos médicos ou de tecnologia no ambiente físico ou em nuvem. Temos uma abordagem denominada 360º que se propõe a rastrear as vulnerabilidades mais exploradas pelos hackers nos ataques mais comuns realizados no setor”.

O desafio dos hospitais

Nos hospitais, que frequentemente operam com alta demanda assistencial e recursos financeiros limitados, a adoção de soluções tecnológicas precisa equilibrar custo e robustez. Pareja defende que, nesses casos, a prioridade seja garantir resiliência e estabilidade operacional.

Essa experiência já rendeu resultados concretos. Em um projeto recente, a revisão dos links de dados de uma instituição permitiu reduzir em 25% os gastos com operadoras e, ao mesmo tempo, viabilizar a implantação de um sistema de segurança e continuidade de negócios.

Para o futuro, Pareja vê a saúde conectada como um movimento inevitável e necessário. A consolidação de redes seguras, interoperáveis e escaláveis deve impulsionar tanto a qualidade assistencial quanto a eficiência administrativa.

“A tecnologia precisa entregar resultados mensuráveis, alinhados à realidade orçamentária do Brasil. Só assim ela deixará de ser custo e passará a ser investimento estratégico”, conclui.

“Apoiamos as instituições em qualquer momento do negócio, seja para um projeto de inauguração de uma nova unidade adequada às tendências e melhores práticas de mercado, seja em um projeto específico, como uma adequação da infraestrutura para um novo HIS, uma infraestrutura para uma nova unidade de negócio, ou em segurança para uma adequação à LGPD ou aos requisitos de uma acreditação hospitalar”.

A Go Ahead atua em todo território nacional e faz parte do Grupo Ártico, empresa 100% brasileira com operações nos Estados Unidos, América Latina e China.

A empresa se posiciona com um parceiro para desenvolvimento de soluções em tecnologia para infraestrutura e cibersegurança, seja nos modelos locais ou em nuvem, podendo atuar no projeto, na implantação das soluções e no suporte às operações com NOC e SOC 24×7.

 

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